Cult(ura)s
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Gosto se discute, sim!
http://www.tribunatp.com.br/modules/news/article.php?storyid=11181
"Temos que começar a refletir e tornar cada vez mais público que já houve um tempo em que não havia escolha de representantes pelo voto."
As cartas da política em 2012
http://www.tribunatp.com.br/modules/news/article.php?storyid=11172
Artigo que suscitou o comentário:
http://www.tribunatp.com.br/modules/news/article.php?storyid=11149
SINDICATO SE MOBILIZA CONTRA EXIGÊNCIA DE "TÁXIS-TUCANOS"
http://www.tribunatp.com.br/modules/news/article.php?storyid=11100
Cultura passada de pai para filho é responsável por analfabetismo
http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/cultura-passada-de-pai-para-filho-e-responsavel-por-analfabetism/n1597442392081.html
E também
http://www.diariodaclasse.com.br/forum/topics/analfabetismo-tem-origens-culturais
ou
http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/educacao-na-midia/20890/cultura-passada-de-pai-para-filho-e-responsavel-por-analfabetismo/
Infância vivida na zona rural retarda estudos
Maioria de adultos excluídos na educação é de origem rural
Matéria publicada no site Agência USP de Notícias
http://www.usp.br/agen/?p=75877
ou ainda
http://portal.aprendiz.uol.com.br/2011/10/13/maioria-de-adultos-excluidos-na-educacao-e-de-origem-rural/
http://www.semiarido.org.br/noticias-show/1415/0/comunidades-rurais-concentram-maior-numero-de-pessoas-excluidas-da-educacao
domingo, 3 de julho de 2011
Manifestações culturais que nos dão sentido à vida...
Wagner Silva, ao centro, em noite de jazz
Jaime Ponciano, várias fases de sua obra
Jaime Ponciano da Silva –
Artista Plástico
(Guarulhos,27.ago.1962
– São Paulo, 6.ago.2009)
Nos trabalhos dos anos 80, uma fase prolífica, o figurativo em cores vibrantes retrata a cena urbana de São Paulo. Personagens da noite paulistanas são levados às telas com exuberância de cores e certo exagero nas formas.
Nos anos 90, o graffitti e as influências de outros artistas levam a ‘Romance de guerra’, uma fase mais sombria, com personagens distorcidos estampados em muros de concreto. Surgem também manequins e modelos feitos em máscaras recortadas e aplicadas em camisetas, postais, broches, gravuras, etc.
Quando Jaime Ponciano da Silva faleceu, em 2009, pensamos, seus amigos-fãs, em organizar uma exposição reunindo os seus trabalhos, que tínhamos em nossas casas, locais de trabalho ou nas prateleiras de nossos guarda-roupas.
Seria uma espécie de homenagem àquele que pontuou nossas vidas com sua figura irreverente e sua arte libertária.
Suas obras eram dispersadas à medida mesma em que era produzida.
Jamais se preocupou em sistematizar sua produção e, por isso, é tão difícil, para nós rastrearmos seus trabalhos.
Sabemos que há “Jaimes Poncianos” ou “Jaimes da Silva” (como assinou durante muitos anos – uma ‘marchand’o convenceu a mudar sua assinatura por parecer mais artística) em vários estados brasileiros e em vários países do mundo, Soubemos, durante a preparação desta exposição, que seus três últimos trabalhos de porte estão em Miami.
Sobre suas exposições, individuais ou coletivas, apesar de as termos visitado e acompanhado suas montagens, não temos todos os fôlderes, tampouco o completo registro das obras que delas participaram. Na tentativa de resgatarmos toda a memória possível sobre a sua história e suas obras, inauguramos um ‘blog’ em seu nome, com o material de que dispúnhamos e para o qual remeteremos todas as informações que obtivermos. Luiz Amorim e Marcello Tomazelli são os amigos responsáveis pelo ‘blog’:
Queridos amigos e amigas,
Na quinta-feira, Bebeto trouxe a notícia: nosso querido Jaime se foi, vítima de uma pneumonia, no dia 06 de agosto de 2009.
Figura irreverente, artista do traço e da cor, cidadão das fronteiras, pintor dos travecos, das pinturas-charges, das camisetas-arte que estamparam nossos corpos jovens nos anos 80/90.
Truqueiro pra existir nesse mundo vasto e imundo, Jaime foi alma boa, divertida, amorosa, muito amorosa.
Impossível esquecê-lo vestido de espanhola, andando em plena avenida Paulista, batendo na própria bunda dizendo:
– Anda, Luzia!
Sou-lhe grato por cada escândalo que me fez passar.
Eu, recém-vindo do interior, conheci Jaime através da Mila e do Pedro quando fui morar com eles na rua Machado de Assis; na primeira vez em que o vi, ele (seguido do Raul) subia a escada que dava acesso à sala da casa gritando com voz de bicha:
– Trouxe uma paranga para fazer a cabeça dashshshs trêshshsh.
Ashshshs trêshshshs eram ele, Raul e Pedro. Quase fiz minhas malas e saí correndo com medo de serincluído no grupo.
Demorei pra entender que, de todos nós, ele encarnava literalmente aquela liberdade que almejávamos, mas que só tínhamos coragem de praticá-la no discurso.
Jaime já era 'performer', corajoso porque sim. Política e ética encarnadas nele porque indissociavelmente estético. Nossa casa foi território livre em anos ainda moralistas do final da ditadura graças à mente delicadamente ampla e justa da Mila, dos gestos cotidianamente transgressivos do Pedro e das atitudes francamente despudoradas de Jaime e Raul. Por lá – naquele território livre – tanta gente passou, namorou, cortou cebola para a fantástica culinária do Pedro, brigou com namorado/a, fez faxina coletiva, decorou a casa.
Cris Guerreiro, Graça Totaro, Rui Farneda, Raul Rúbio, Renato Sakata, Douglas Braga, Célia Genovez, Márcia Rosatto, Rutnea Guerreiro, Silvia Esteves, Kan Kato, Valter Apolinário, Cuca Braga, Helô Marques, Rita Ronchetti, Andréa Schilling, Cláudia Simoni, Eliana Raposo, Carlito Cabrera, Mauricio Lourenção, Cristina Vicentin e tantos mais, além dos moradores oficiais: Pedro Matheus, Mila Frati, Alberto Guerreiro e eu.
Lembrar de Jaimeé lembrar de todos e do tempo em que a existência de cada um esteve fortemente repousada na do outro.
Quis enviar este e-mail como forma de reencontrá-los para nos despedirmos de Jaime.
Pensei que cada um pode acender uma vela como ritual de iluminação. Quanto a ele, não tenho dúvida que sua 'vela' preferida fazia fumaça e era, digamos, 'aromática'.
Envio em anexo três postais do Jaime (tenho certeza de que são auto-retratos).
Os nomes, eu que inventei pra meu arquivo.
Saudades do Jaime e saudade de vocês.
Grande abraço,
Leonel Braga
Fiquei apaixonada pelas bonecas!!!
"Não existe meio mais seguro para fugir do mundo do que a arte, e não há forma mais segura de se unir a ele do que a arte." (Johann Goethe)
"Em arte, procurar não significa nada. O que importa é encontrar." (Pablo Picasso)
Gica, Sandra Rodrigues e Vanessa
Bar Cruzeiro
Bar Cruzeiro
Abertura da exposição com apresentação musical de Alberto Guerreiro.